O que é o 5G?

O 5G está nas bocas do mundo e promete revolucionar o mundo digital.

O 5G é a quinta grande revolução tecnológica nas comunicações móveis. Esta tecnologia atinge velocidades de dados até 100 vezes superiores e chegar aos 10Gbps e será implementado ao longo dos próximos cinco a seis anos, cada vez com maiores capacidades.

Terminado o leilão 5G em Portugal, o próximo passo é implementar a tecnologia. Ainda não se sabe quando é que isso acontecerá mas tudo aponta que, daqui a quatro anos, o país esteja todo coberto com a nova rede.

A ANACOM publicou o guia digital “Rumo ao 5G”, no qual apresenta uma breve explicação sobre o que é esta tecnologia e que serviços vai permitir, bem como o quadro legal e um conjunto de boas práticas necessária para a implementação célere das redes.

O que é preciso para usar o 5G?

Há três elementos indispensáveis para usufruir da rede 5G. Em primeiro lugar, é necessário ter um telemóvel 5G, isto é, um smartphone que suporte todas as funcionalidades desta nova geração de rede móvel.
Também é preciso ter cobertura 5G. Num cenário em que a cobertura 5G é uma realidade, se transitar entre zonas que têm e outras que não têm cobertura de 5G, a mudança entre esta e o 4G será automática.

O 5G vai substituir o 4G?

As duas gerações de rede móvel vão conviver, o que significa que os telemóveis sem capacidade de comportar o 5G vão continuar a funcionar na rede 4G, no entanto, não vai conseguir usufruir de todos os benefícios desta nova geração de rede móvel.

Por que precisamos do 5G?

O mundo está a tornar-se mais móvel e consumimos mais dados em cada ano que passa, especialmente à medida que aumenta a popularidade do streaming de vídeo e música. As faixas de frequência existentes estão a ficar congestionadas, levando a falhas no serviço, especialmente quando muitas pessoas da mesma região tentam aceder a serviços online ao mesmo tempo.

O 5G é muito mais eficiente a lidar simultaneamente com milhares de dispositivos, desde telemóveis a sensores de equipamentos, câmaras de vídeo e iluminação urbana inteligente.

Quais os benefícios do 5G?

Em primeiro lugar a velocidade. O 5G é 100 vezes mais rápido do que o 4G e isto significa, na prática, o streaming a 4K e 8K é feito em segundos, sem falhas e com uma qualidade nunca vista e em qualquer lugar. A rede pode atingir velocidades de 10 Gbps.

A segunda vantagem é a redução da latência a valores que se aproximam a comunicação do tempo real. A latência é o tempo que medeia uma ação e a sua consequência noutro dispositivo, no fundo, é o tempo de resposta da rede.

A isto acresce uma superior capacidade da rede. são poucas as áreas que não vão sofrer alterações importantes com a chegada do 5G. É para todos ao mesmo tempo, mais rápido e sem falhas.

Num videojogo, por exemplo, é percetível que o comando de um jogador não produz um efeito exatamente imediato. O mesmo se pode sentir numa videoconferência. Com a chegada do 5G a latência passará a menos de cinco milissegundos e isto abre um mundo de possibilidades, como as cirurgias remotas ou a condução à distância.

A ideia dos carros autónomos não é nova. Contudo, está em grande medida dependente da implementação de uma nova tecnologia de redes para suportar um sistema tão complexo como o de trânsito.

A baixa latência da rede também permite controlar todo o tipo de equipamentos à distância, incluindo os equipamentos médicos. Será possível, por exemplo, executar cirurgias à distância e em tempo real, com o suporte de vários intervenientes e a partir de vários locais do mundo.

É perigoso para a saúde?

Uma das questões que se levanta é se esta rede pode ser perigoso para a saúde, nomeadamente por causa das ondas eletromagnéticas. Num artigo explicativo sobre o tema, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) refere que esta rede faz uso da radiação eletromagnética, com um efeito semelhante às redes móveis 2G, 3G e 4G para o corpo humano e que, por isso, não haverá risco para a saúde.

“O 5G em Portugal irá usar sobretudo duas faixas de frequência: 700 MHz e 3,6 GHz. A primeira é inferior às frequências utilizadas nas tecnologias móveis atuais e a segunda, embora mais elevada, não coloca os utilizadores em risco. Os alarmismos não se justificam. Até porque estudos verificaram que quanto mais elevadas são as frequências, menor é a penetração das ondas no tecido humano: a pele atua como um filtro para as ondas eletromagnéticas com frequências mais elevadas. Quanto mais elevadas as frequências, menor é a penetração das ondas, reduzindo a exposição dos órgãos internos”, diz a Deco.

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