Questionada na conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia da Covid-19, Graça Freitas reconheceu que os feirantes pertencem a “um setor importante que tem dificuldades na sua vida”, mas defendeu que a sua atividade tem “uma grande diferença” em relação às lojas, que vão poder continuar a funcionar.
O comércio tradicional “é estável, é fixo, não é móvel” e “dá alguma garantia de que as regras se cumprem”, salientou.
“Temos que ter alguma paciência porque temos mesmo que achatar a curva porque o inverno e o frio a sério e os outros vírus ainda não chegaram e temos aqui e agora uma janela de oportunidade“, declarou Graça Freitas.
A proibição das feiras é uma das medidas determinadas pelo governo para lidar com o aumento do número de casos de contágio em Portugal e vigorará a partir de quarta-feira em 121 concelhos do país, os que são considerados de maior risco.
A medida já foi contestada pelo setor dos feirantes, que se considera discriminado, uma vez que centros comerciais e lojas podem continuar a funcionar, embora com restrições de horários.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.590 pessoas dos 146.847 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.