A quinta-feira começa com perdas contidas nos mercados financeiros europeus. Cerca de meia hora após o arranque da sessão deste 10 de janeiro, a bolsa portuguesa mantém-se em terreno negativo, acompanhamento a trajetória descendente das principais praças europeias. O principal índice nacional desvaloriza 0,25%, para 4.911,64 pontos.
Em destaque no arranque da sessão de hoje está o setor da energia, depois de ter sido divulgado o balanço de novembro de 2018 da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). O documento da ERSE deu conta de que a Galp Energia “manteve a sua posição como principal operador no mercado livre em consumo (60%), enquanto a EDP Comercial manteve a sua posição de liderança em número de clientes (55%), apesar da quebra registada desde o início do ano”.
A EDP avança 0,36%, para 3,09 euros e a EDP Renováveis sobe 0,51%. Quanto à Galp Energia e à REN, recuam 1,58% (14,35 euros) e 0,08% (2,55 euros), respetivamente.
A Mota-Engil, que tem sido uma das ações que tem liderado a recuperação do PSI 20, também desvaloriza (1,51%). A perder estão igualmente os títulos dos CTT (-0,65%) e da Jerónimo Martins (-0,19%).
Em contraciclo estão, por exemplo, as ações da Sonae (+2%) e as do BCP, que negoceiam em linha d’água com um ganho ligeiro de 0,04%, para 0,25 euros.
“Um outro motor do recente rally da bolsa portuguesa tem sido o BCP. Desde o dia 27 de dezembro valorizou-se cerca de 11% (a maior valorização entre as maiores capitalizações) face aos 8% do PSI 20”, referem, no habitual “Diário de Bolsa”, os analistas do CaixaBank BPI Research, que atribuem ao banco liderado por Miguel Maya um preço-alvo para finais de 2019 de 0,34 euros e uma recomendação de «comprar».
Ontem à noite as minutas da Reserva Federal norte-americana revelaram que alguns membros da Fed se mostraram reticentes com o aumento taxa de juros de referência (federal funds rate) anunciado após a reunião de dezembro. O banco central dos Estados Unidos anunciou o aumento de 25 pontos base, fixando os juros de referência para um intervalo entre 2,25% e 2,50%, na última reunião.
A falta de consenso fez tremer Wall Street mas não foi suficiente para fazer a bolsa de Nova Iorque fechar no ‘vermelho’. No entanto, os investidores da Europa acordaram pessimistas. O índice alemão DAX perde 0,80%, o britânico FTSE 100 recua 0,48%, o francês CAC 40 desvaloriza 0,90%, o italiano FTSE MIB desce 0,43%, o espanhol IBEX 35 diminui 0,14% e holandês AEX tropeça 0,67%. O Euro Stoxx perde 0,04%.
A cotação do barril de Brent tomba 1,27%, para 60,66 dólares, enquanto a cotação do crude WTI perde 1,39%, para 51,67 dólares por barril. Quanto ao mercado cambial, nota para a apreciação de 0,11% do euro face ao dólar (1,1554) e para a desvalorização de 0,16% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,2768).