“Lamento que França tenho ido contra as nossas recomendações e que nos tenha devolvido à situação em que estávamos em março, quando foram interrompidas as cadeias de fornecimento”, escreveu Adina Valean na rede social Twitter.
O tráfego de camiões entre o Reino Unido e França foi suspenso durante 48 horas na sequência do receio da estirpe do SARS-CoV-2 detetada em território britânico e que pode ser até 70% mais contagiosa.
A proliferação desta estirpe poderá significar mais medidas de restrição e confinamento, decisões que poderão atrasar ainda mais a recuperação económica das nações da União Europeia (UE).
Apesar de estar “satisfeita” com as notícias de que alguns camionistas começaram a atravessar a fronteira entre os dois países, nas últimas horas, e que as autoridades britânicas anunciaram ter capacidade para testar 300 pessoas por hora, Adina Valean disse esperar que os Estados-membros da União Europeia “respondam rapidamente” ao pedido da CE de “relaxar as regras de condução e dos tempos de descanso”, assim como a não imposição de restrições fronteiriças “para que os condutores possam voltar para as suas famílias no Natal”.
Cerca de 10.000 camiões cruzam a fronteira entre o Reino Unido e França por esta altura do ano, para transportar, principalmente produtos alimentares e outros relacionadas com as festividades.
Vários camionistas protestaram contra o encerramento da fronteira e envolveram-se em confrontos com a polícia britânica, frustrados com as horas de viagem que ainda tinham pela frente a ideia, cada vez mais presente, de que poderia não estar em casa a tempo do Natal.