De acordo com a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP) relativa ao primeiro trimestre de 2019, no final de março a Administração Pública tinha mais 15.690 postos de trabalho no que no final do mesmo mês do ano passado, sendo este aumento resultante “em grande parte” do acréscimo verificado “nas carreiras de assistente operacional, assistente técnico e técnico superior, em consequência do processo de regularização extraordinária de vínculos precários”.
A comparação da evolução do emprego púbico ao longo do primeiro trimestre de cada ano mostra que, desde março de 2016, se regista um aumento consecutivo do número de funcionários públicos, mas esta foi a primeira vez, desde 2013, que se ultrapassou a barreira dos 690 mil.
Ainda assim, o número de funcionários públicos continua em níveis inferiores aos registados em 2011, quando foram tomadas medidas de restrição à contratação de novos funcionários públicos e de substituição dos que iam saindo.
“Face a 31 de dezembro de 2011, o emprego assinalou uma quebra de 5,2%, correspondente à redução de 37.706 postos de trabalho, sendo a administração central o subsetor que revela a maior diminuição de trabalhadores: menos 30.093 postos de trabalho que traduzem, em termos percentuais, uma quebra de 5,5%”, assinala a publicação estatística da Direção Geral da Administração e do Emprego Público.
Em comparação com o final do trimestre anterior, o emprego nas administrações públicas aumentou em 6.488 postos de trabalho (mais 1%), influenciado, sobretudo, pelo crescimento do emprego na administração central, com mais 4.804 postos de trabalho.
Segundo o SIEP, as áreas governativas da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Educação “apresentaram o maior aumento”, com 2.826 postos de trabalho no conjunto, essencialmente de docentes dos diferentes níveis de ensino e pessoal de investigação científica.
“No setor empresarial do Estado (SEE), são as Entidades Públicas Empresariais (E.P.E.) do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que contribuem em maior número de postos de trabalho para o aumento do emprego público: mais 1.871, dos quais, na maioria dizem respeito a novos contratos a termo de médicos que iniciaram o internato em centros hospitalares”.