Numa economia de mercado, os preços dos bens e serviços estão sujeitos a variações. Alguns preços sobem, outros descem. A inflação ocorre quando se verifica um aumento geral dos preços dos bens e serviços. Por isso, a inflação reduz o valor da moeda ao longo do tempo.
As variações de preços dos produtos em que se gasta mais, como seja a eletricidade, são mais importantes do que outras que têm menos peso, que é o caso dos dos produtos em que se gasta menos, como seja o açúcar.
Na área do euro, a inflação dos preços no consumidor é medida pelo “Índice Harmonizado de Preços no Consumidor” e é uma boa forma de acompanhar a evolução dos preços na economia. O trabalho do BCE consiste em manter a estabilidade de preços assegurando que a inflação – a taxa a que os preços variam ao longo do tempo – permanece baixa, estável e previsível.
As taxas diretoras definidas pelo BCE têm capacidade de influenciar todas as outras. Estas são as taxas que o BCE cobra aos bancos comerciais para lhes emprestar dinheiro.
Com a economia a recuperar e a inflação a crescer, o Banco Central Europeu deixa de ter argumentos para manter os estímulos recorde que criou para dar resposta à atual crise.
Na Zona Euro a inflação tem vindo a subir sobretudo por causa da falta de matérias-primas e pela quebra das cadeias logísticas causadas pela pandemia, mas também pela subida dos preços da energia.
Há uma relação direta da inflação com as taxas de juro. Enquanto os juros estão baixos e os bancos centrais estão a comprar dívida há maior liquidez, o que leva ao aumento do consumo e maior procura. Quando a procura aumenta pode-se criar um desequilíbrio entre a quantidade de bens oferecidos e procura esses bens. Mas esta relação existe, também ao nível dos bancos centrais, que tem tendência para subir as taxas de juro para conter a inflação, retirando liquidez na economia.
Se a inflação subir, e as taxas de juro subirem o impacto sobre o investimento é negativo e uma das melhores formas de preservação do capital é o imobiliário e a aplicação em depósitos a prazo, já que estas taxas irão acompanhar a inflação e, dessa forma deixar o dinheiro no banco vai render.
Para o pequeno aforrador a aposta no imobiliário para arrendamento pode ser uma solução, mas ao mesmo tempo um problema considerando o custo de aquisição e reabilitação, os impostos e outras obrigações que podem não compensar para as rendas que se situem na média nacional.
O setor de escritórios deverá retomar o seu dinamismo este ano, nomeadamente com a procura por parte de empresas tecnológicas e multinacionais. Para o médio prazo, os analistas antecipam que se irá manter a preferência por espaços em arrendamento tradicional sem um impacto proporcional à adoção de regimes de trabalho híbrido, em virtude do aumento verificado em áreas sociais e colaborativas.