Assim como existem pessoas com diferentes personalidades, aptidões, preferências e até mesmo hobbies, o mundo dos investimentos não é diferente e existem diferentes perfis de investidor que tentam colocar o seu capital em lugares muito específicos.
Essa faceta, muito influenciada pela personalidade de cada um, expressa-se na hora de investir e revela se você é alguém mais conservador com relação ao seu dinheiro, se tem o perfil moderado ou se está mais disposto a arriscar um pouco mais em troca de um retorno mais rápido.
Por que é que é importante conhecer o seu perfil?
A determinação do seu próprio perfil de investidor constitui um bom ponto de partida para a tomada de decisões de investimento, uma vez que o ajudará a determinar quais os produtos financeiros que correspondem às suas necessidades e preferências.
Deve estar ciente de que o intermediário financeiro só é obrigado a analisar os seus objetivos de investimento e preferências de assumir os riscos quando presta serviços financeiros de consultoria profissional ou de gestão de carteiras. Em todos os outros casos, o intermediário deve limitar-se a analisar os seus conhecimentos e experiência (a sua capacidade de compreender a natureza e os riscos do produto oferecido) e apenas avisar, quando necessário, da sua falta de conhecimentos para compreender de forma adequada o produto oferecido, sem avaliar o seu ajustamento ao seu perfil de risco ou aos seus objetivos de investimento.
Para além do anterior, o intermediário tem a obrigação de o informar adequadamente sobre as características e riscos dos produtos a adquirir. Portanto, é imprescindível que compreenda a informação que a entidade lhe transmite e que esteja consciente do nível de risco que assume em cada produto que vá contratar, antes de o fazer.
Correr um risco inadequado pode causar-lhe mais do que um desgosto.
Como pode determinar o seu perfil de investimento?
Para determinar seu perfil como investidor, deve saber as respostas às seguintes perguntas:
Qual é o meu ponto de partida? Trata-se de definir a sua situação financeira actual: receitas, despesas, dívidas…
Quais são os meus objetivos concretos? É imprescindível determinar quais são os seus objetivos financeiros, de um modo realista e concreto. Por exemplo, “alcançar a independência financeira” pode ser um objectivo demasiado difuso e pouco operacional. No entanto, “poupar 10.000 euros em três anos para fazer um curso no estrangeiro” é um objectivo concreto: inclui prazo, montante e finalidade.
De quanto tempo disponho para atingir o objectivo? Esta resposta depende da resposta acima e vai ajudá-lo a determinar o tipo de produtos que lhe podem interessar.
Que nível de risco estou disposto a assumir? Esta questão tem uma componente objetiva (a sua capacidade financeira, o que pode permitir-se perder) e outro subjetivo (os seus conhecimentos financeiros, a sua forma de ser e como influi na sua tolerância ao risco).
Além de determinar a sua apetência ou aversão ao risco, é importante que cada investidor reflita para ter a certeza de que a mesma, ou seja, o risco que está disposto a assumir nos seus investimentos, é compatível com a sua situação financeira e com a sua capacidade para assumir perdas, caso estas ocorram.
