O primeiro-ministro, António Costa, preside esta segunda-feira, em Miranda do Corvo, à cerimónia de lançamento do concurso público da empreitada do primeiro troço do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).
A sessão realiza-se às 11:00, nos Paços do Concelho desta vila do distrito de Coimbra, e conta também com a participação do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.
O SMM, que há mais de duas décadas previa a instalação de uma rede de metro ligeiro sobre carris, no centenário Ramal da Lousã, e a criação de uma linha urbana em Coimbra, adota agora o modelo denominado “metro bus”, à base de autocarros elétricos.
O lançamento do concurso para as obras do SMM foi agendado para hoje, em Miranda do Corvo, após o Conselho de Ministros ter aprovado, na quinta-feira, uma autorização de despesa no valor de 85 milhões de euros, sendo o projeto cofinanciado por fundos europeus na sequência da recente reprogramação do Portugal 2020.
Organizada pela Infraestruturas de Portugal, a sessão inclui a apresentação pública da nova versão do Sistema de Mobilidade do Mondego e o lançamento do concurso para as obras do primeiro troço do “metro bus”, entre Alto de São João e Serpins, nos municípios de Coimbra e Lousã, respetivamente.
Durante mais de 100 anos, as populações de Lousã e Miranda do Corvo foram servidas pelo comboio que circulava no Ramal da Lousã, desmantelado e encerrado pelo último Governo de José Sócrates, em janeiro de 2010, para obras de instalação do metro, que foram suspensas algum tempo depois devido a problemas financeiros.
Ainda não é conhecido o futuro da sociedade Metro Mondego, que tem o Estado como acionista principal e que integra igualmente os municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, criada em 1996 para fazer avançar o projeto do metro.
O primeiro decreto-lei com este objetivo foi publicado há 25 anos pelo último Governo de Aníbal Cavaco Silva, em 1994.
Desde que o Ramal da Lousã foi encerrado, há nove anos, os utentes do antigo comboio passaram a ser transportados em autocarros de empresas privadas, ao abrigo de sucessivos concursos públicos, que já custaram à CP cerca de 10 milhões de euros.